sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Quem não tem cão, caça com gato. Ou : desde quando eu acompanho a Copa do Mundo de Rugby

Não sei se no Brasil a Copa do Mundo de Rugby está sendo noticiada, mas não duvido nada que a maioria dos brasileiros não façam nem ideia de que 1) isto existe 2) a edição 2011 está acontecendo desde setembro na Nova Zelânida e 3) a França está na final, domingo, contra os donos da casa.

Pois é, minha gente, eu estou por dentro da Copa do Mundo de Rugby. Os jogos são de final de semana, e como são na Nova Zelândia, com o fuso horário, acontecem no início da manhã aqui na França. Então eu inclusive andei não dormindo até meio-dia de sábado para ver a França jogar. Nas quartas de final, contra a Inglaterra, rolou até um “english breakfast” com os amigos aqui em casa, para assistir ao jogo. Enfim, acho que estou sentindo falta de acompanhar o Campeonato Brasileiro, jogos da Seleção e coisas do tipo, então estou transferindo o gosto por futebol (não sou fanática, mas sempre gostei e acompanhei um pouco) para o rugby. Porque campeonato de futebol francês não dá, né, e aquela seleção deles então, melhor nem falar...

Rugby é um esporte um tanto esquisito e bem complicadinho : no começo eu não entendia patavinas, agora estou entendendo um pouco mas ainda não consigo explicar. O básico é: passes (com a mão), só na mesma linha ou para trás. Para a frente, é só no chute e correndo com a bola na mão, até você ser bloqueado por uns 5 trogloditas. Um chute que passa por cima daquelas traves gigantes vale 3 pontos. Carregar a bola até o fundo do campo do adversário (passar a última linha e colocar a bola no chão) vale 5 pontos e dá direito a um “chute a gol” que vale mais 2 se passar. Agora difícil é entender quando é falta, quando não é, porque entre os bloqueios de tudo quanto é jeito, e os passes que sei lá eu se foram para frente ou para trás (muito pior que a regra do impedimento no futebol!), eu confesso que me perco. Mas acho divertido de assistir.

O que acho interessante também no rugby é saber que aqueles jogadores enormes, parecendo uns trogloditas, são admirados aqui na França porque se preocupam com o espírito de equipe, o valor do esporte, a honestidade. No rugby, é raro ver faltas maldosas, jogadores simulando falta, xingamentos e briguinhas desnecessárias, como a gente cansa de ver no futebol. Na França, o rugby é um esporte muito popular no sudoeste, mas no momento o país inteiro está ligado na Copa do Mundo. O “XV de France”, como é chamada a equipe (XV = 15 = número de jogadores) chegou na final meio que aos trancos e barrancos, mas chegou e é isso que importa. Para o jogo de domingo, eles são os azarões, se ganharem vai ser zebra total, já que a Nova Zelândia, além de ser a dona de casa, tem um time muito forte. A seleção da Nova Zelândia é conhecida como “All Blacks”, porque o uniforme deles é preto. E eles são mundialmente famosos por fazerem antes do início do jogo o “haka”, uma dança com origem nas tribos das ilhas do Pacífico Sul e que serve para impressionar o adversário. E olha, impressiona mesmo :



Vamos ver se os franceses vão conseguir resistir...

2 comentários:

Taciana disse...

Impressionante foi o noivo e a noiva fazerem o haka numa festa de casamento que eu fui, hahahaha.

Acho que depois do filme Invictus, o rugbi ficou mais conhecido por aqui...

E que pena que a França não ganhou, hein, fér? Eu não gosto de acompanhar esporte algum, mas acho zebras algo bem louco.

(Espero que esse comentário funcione!)

Bjs,

taci
www.lerounaoser.com

Anônimo disse...

Hahahahah.. Fernanda, eu tb acho legal o Rugby! Futebol me cansa, ainda mais o futebol brasileiro onde absolutamente tudo é falta... são mil interrupções, o povo faz manha, finge que se machucou, acho mto de menina! Hahahah...
O Mateuzinho adora ver esse haka aí. Aí gente põe o vídeo e ele fica dando risada, enfeitiçado! hahahahaha... meu pequeno ogro!

bjs
Pur

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