segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Blog e contador de greves desatualizados...

Sim, o blog voltou ao abandono... Apesar da instalação da internet em casa, o problema agora é que eu não estou parando em casa! ;-)

Desde segunda-feira passada estou participando de um treinamento da empresa que dura duas semanas e meia e funciona em esquema "colégio interno": ficamos hospedados a semana toda em um hotel, já que temos curso o dia todo, no início da noite, e também jantares com gerentes e diretores. Interessante, mas puxado.

O resultado é que o blog ficou sem atualização, mas o lado bom é que eu escapei dos efeitos de mais uma greve (mais uma vez contra a reforma da aposentadoria). Mas para constar, fica a atualização do contador de greves (e mais o pré-aviso de uma nova greve, e a promessa de tentar colocar ao menos um postzinho esta semana).

Tempo na França: 8 meses
Número de greves: 7
Dias de greve: 10

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Terceira etapa: Mahé

Mahé é a maior ilha das Seychelles, com 74 mil habitantes e 150 km2. A ilha é bastante montanhosa, com um pico a 905m de altitude, o que deixa a paisagem bem charmosa, com praias coladas em montanhas cheias de vegetação exuberante – me lembrou um pouco a região do litoral norte de SP e sul do RJ. (A diferença principal é a cor da água, sempre azul-esverdeada transparente).

Em Mahé nós também alugamos um carro e demos a volta na ilha. Visitamos a capital do país, Victoria, com seu mercado multicolorido onde encontramos peixes, legumes, frutas tropicais e as mais diversas especiarias (fiz um estoque de canela, baunilha, curry, pimenta, etc.):



Victoria tem também um “Big Ben” em miniatura (Mini Ben?!), no meio da rotatória:



Visitamos também uma plantação e fábrica de chá, que fica no centro da ilha, em uma parte mais alta – a vista seria linda se o tempo estivesse bom, o que não era o caso naquele dia. Fomos também ao “Jardin du Roi”, uma plantação de diversos tipos de frutas, ervas medicinais e especiarias.

E terminamos a volta da ilha com paradas em (mais) algumas belas praias, como por exemplo Anse Takamaka:



E Anse Soleil, para admirar o pôr-do-sol:



O resto do tempo aproveitamos para ficar no hotel mesmo, já que estávamos hospedados em um Resort, o Constance Ephelia Resort. O hotel tem duas praias dentro do seu terreno, bem bonitas (abaixo, foto da praia do norte):



Além disso tinha piscina, 4 restaurantes, quadras de tênis, spa e o escambau. O Clément por exemplo aproveitou para fazer um pouco de windsurf:



E assim fechamos nossas férias com chave de ouro... Difícil foi se animar para pegar o avião de volta para casa!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Volta às greves

Mal terminaram as férias, os sindicatos franceses atacam novamente. As crianças voltaram às aulas na quinta-feira passada e hoje já tem greve… uma beleza! Trata-se de mais um dia de paralisação nacional, contra a reforma da previdência (sim, de novo, porque o negócio ainda não foi aprovado).

Os transportes, é claro, não poderiam ficar de fora e tem vários trens e metrôs fora de circulação hoje. As quatro amigas que desembarcam por aqui amanhã escaparam por pouco, porque o RER B, que liga Paris aos dois aeroportos, está com previsão de trânsito nulo.

Atualizando então o contador de greves do blog:

Tempo na França: 7,5 meses
Número de greves: 6
Dias de greve: 9

sábado, 4 de setembro de 2010

Segunda etapa: La Digue

La Digue é a quarta maior ilha das Seychelles, mas isto não quer dizer que ela seja muito grande: ela tem mais ou menos 6 km de comprimento e 3km de largura nos pontos mais largos, e uns 3000 habitantes. Carros? Somente uma meia dúzia de táxis e caminhõezinhos para transporte de mercadoria. Para circular na ilha, o negócio é ir a pé... ou de bicicleta, como a maioria das pessoas (locais e turistas):



Mesmo pequenininha, La Digue tem duas praias belíssimas que fazem a alegria dos turistas. A primeira é Anse Source d’Argent, que aparece em tudo quanto é catálogo e pôster de agência de turismo – é a praia que está na capa do nosso guia, por exemplo (o Lonely Planet versão francesa). Vejam a foto e entendam o porquê:



A segunda é Grand Anse, no lado oposto da ilha. Praia maior, mais selvagem, mais aberta, mas não menos bonita com todos os rochedos “emoldurando” os dois lados da praia:



Estas duas praias e mais as outras tantas espalhadas pela ilha e acessíveis de bicicleta (Anse Sévère, Anse Patates, Anse Bananes) são suficientes para a maioria das pessoas. Mas nós não resistimos e resolvemos seguir a dica do Lonely Planet e ir até Anse Marron, praia acessível por caminhada de 1 hora, com guia, já que a “trilha” não é algo materializado, fácil de ser seguida – precisa saber o caminho.
O nosso guia foi o Henry, seychelense (sei lá se é assim que se diz em português, mas se não é, neste blog fica sendo) muito simpático e que realmente sabe o que está fazendo. Porque a tal da trilha realmente não é fácil, com passagens com água até a cintura, trilhas bem fechadas na mata, e o pior de tudo, rochedos e mais rochedos, que temos que escalar, engatinhar, descer, ...



Quem me conhece sabe que eu não sou lá muito esportiva (Fernanda, campeã mundial em número de dispensas de educação física no colégio!) mas o Henry, com sua paciência de Jó (e a do Clément também, aliás), conseguiu fazer com que eu chegasse inteira. As paisagens no caminho já são lindas, e o visual na chegada faz a gente (quase) esquecer o esforço:



Praia linda, deserta, água transparente formando piscinas entre os rochedos, com peixinhos coloridos...
Enquanto a gente descansa neste paraíso, o guia vira cozinheiro e prepara um autêntico churrasco seychelense de peixe, com um tempero delicioso, servido em folhas de palmeira:





Depois do almoço, mais um pouco de descanso antes de continuar a trilha para voltar à “civilização”. No caminho, mais rochedos e mais paisagens paradisíacas:



Um outro passeio que fizemos a partir de La Digue foi para as ilhas Coco e Felicité. São pontos para prática de snorkeling. A paisagem da ilha Coco é muito bonita, mas o ponto onde paramos não era muito profundo e tinha algumas ondas, o que me perturbou um pouco para nadar (corais e ouriços marinhos com espinhos altamente pontudos me deixaram um pouco estressada). Já em Felicité, com profundidade de 4 a 5 metros, nadei tranquila e vi muitos e muitos peixinhos de tudo quanto é tamanho e cor, e até uma tartaruga marinha, vejam que bonitinha: (na foto, com o capitão do barco)



La Digue foi a ilha de que mais gostamos. Pequenininha, mas com praias lindas, bem tranquila com suas muitas bicicletas e poucos carros, pessoas simpáticas... Atípica e charmosa. Foi com um pouquinho de dor no coração que pegamos o barco de volta para Praslin, e logo em seguida o avião, com destino a Mahé, nossa terceira e última etapa.

Não, eu não me perdi em uma ilha deserta...

Embora a sugestão do Felipe no comentário do post anterior tenha me passado pela cabeça váááárias vezes enquanto perambulávamos pelas Seychelles, nós não nos perdemos por lá e voltamos sim para a França.

Tivemos mais uma semaninha de férias em La Palmyre (na costa Atlântica da França, não muito longe de La Rochelle) e aí voltamos a Paris e ao trabalho. E por dois motivos eu não voltei a escrever no blog:

1- Esse negócio de parar tudo por 3 semanas é bom e ruim ao mesmo tempo. É bom porque as férias são garantidas, mas o retorno é de lascar. Esta semana acho que foi a mais punk que já tive no trabalho – qualquer trabalho.

2- E para variar, estamos sem internet em casa. As operadoras de telecomunicações da França, como diz a minha mãe, devem ter feito curso com a Telefonica. Enfim, pelo jeito o negócio avançou e acho que semana que vem tudo está resolvido. Mas agora o Christophe arrumou um código de wireless público para a gente ir se virando.

Não é muito rápido, mas quebra o galho, então todo mundo pode voltar à leitura do blog que os posts que fecham a série das Seychelles estão prontos e serão publicados nos próximos dias...
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